Ficar em forma a dançar, a dança exercita o corpo

Ficar em forma a dançar! Movimentar o corpo conforme a música é algo tão prazeroso que ninguém o considera exercício físico. Mas a dança é uma atividade aeróbica com inúmeros benefícios e tem conquistado adeptos por todo o mundo. Conheça algumas das modalidades mais populares que estão a colocar toda a gente a mexer.

O que leva milhões de pessoas no mundo a exercitar-se através da dança? Para alguns é a magia da música e das coreografias, para outros a possibilidade de queimar 400 calorias numa hora, para todos a imensa alegria de fazer exercício sem grande pressão. Ainda não aderiu a esta moda que veio mostrar como é possível exercitar-se de forma divertida, sem complexos e com resultados à vista?

Geralmente, as aulas são feitas com muita alegria, boa disposição, ritmo e batidas internacionais e latinas de alta energia. Mas dançar é mais do que uma atividade divertida. Seja em que modalidade for, a prática da dança traz inúmeros benefícios para a nossa saúde. Proporciona um maior bem-estar, é uma excelente forma de se fazer amigos e o meio perfeito para se exercitar, pois enquanto dançamos estamos a queimar calorias, a aumentar a resistência, a reduzir o stress e a melhorar a postura. E estes são apenas alguns dos benefícios.

Ficar em forma a dançar

Sabia, por exemplo, que uma pessoa de 68 kg numa sessão de dança moderada, durante cerca de 60 minutos, queima aproximadamente 400 calorias – o equivalente a uma aula de natação, a uma caminhada ou passeio de bicicleta? E quanto mais intensa for a dança, maiores serão os gastos calóricos. Assim, e quando aliada a uma alimentação equilibrada e saudável, a dança pode ser uma forma motivadora de ajudar a perder peso.

Ao longo de 45 a 60 minutos – duração aproximada de uma aula – vai saltar, mexer os braços, as pernas, a anca, conseguindo envolver o seu corpo e mente nesta atividade, que combina exercícios aeróbios com exercícios de resistência de peso corporal, permitindo ao mesmo tempo expressar sentimentos, melhorar a autoestima e o autoconceito, assim como, a promoção da autoconsciência corporal. Para além disso, a dança também nos pode ajudar a defender de doenças como diabetes, pressão arterial alta, doenças cardíacas, osteoporose e até mesmo Alzheimer e Parkinson.

Criadas para serem divertidas, dinâmicas, excitantes, e claro, para queimarem muitas calorias, estas aulas podem ser praticadas por pessoas de todas as idades, uma vez que cada movimento pode ser adaptado às necessidades e limitações dos participantes. Descubra algumas das modalidades que têm dado que falar.

 

Zumba: ritmos contagiantes em clima de festa

Serão poucos os que nunca ouviram falar de Zumba mas, para quem ainda não conhece, esta é uma atividade recente que tem conquistado adeptos por todo o mundo. Baseadas em algo que quase todos gostam de fazer – dançar –, as aulas de Zumba combinam fitness, entretenimento e cultura com diferentes ritmos de dança, como salsa, merengue, cumbia, reggaeton ou samba.

Patrícia Pinto, instrutora de fitness e studio manager na Virgin Active Palácio SottoMayor, explica-nos que estas aulas “oferecem um treino global com benefícios essencialmente cardiovasculares através de coreografias fáceis de seguir em ambiente de celebração e festa, tornando esta modalidade super divertida”.

Com a duração de 50 minutos, as aulas de Zumba começam com uma fase de aquecimento em que se realiza uma ativação cardiovascular, músculo esquelética e articular através de movimentos base que irão ser utilizados ao longo das aulas. Em seguida passa-se à aula propriamente dita: a execução de “coreografias, baseadas nos diferentes tipos de dança, realizadas ao som dos ritmos latinos”, conta Patrícia Pinto. A sessão termina com um retorno à calma, fase em que se deve regularizar as pulsações de forma progressiva e realizar alongamentos a fim de desbloquear todos os músculos trabalhados.

Mas o que explica o furor gerado pelo Zumba? A studio manager diz-nos que, para além de as coreografias serem fáceis de acompanhar, “a variedade de movimentos e diversão inerentes aos ritmos escolhidos para as aulas” é decididamente uma das características que potencia o seu sucesso. A este aspecto acresce o facto de “para além de treinar, suar e obter todos os benefícios inerentes ao treino desportivo, os praticantes podem vivenciar em todas as aulas um ambiente de festa e de diversão, onde são postos de lado tabus e preconceitos”.

 

Sh’Bam: a aula em que o aluno é a estrela

Com movimentos simples e modernos, as aulas de Sh’Bam são, provavelmente, a novidade mais recente na prática de exercício enquanto se dança. Ao som dos atuais êxitos, as músicas mais ouvidas nas discotecas de todo o mundo e os ritmos latinos mais modernos, irá dançar como nunca imaginou. Para Cláudia Silva, instrutora de Sh’Bam da equipa nacional Manz/Les Mills, “a essência deste programa de dança é de fazer sorrir e fazer com que cada um dos participantes se sinta uma estrela durante e no final da aula, objetivo que é sempre conseguido dado o constante acompanhamento do instrutor”.

Assim sendo, o que se pode esperar de uma aula? Do início ao fim, a boa disposição é contagiante. Mas nada melhor do que ouvir a explicação de Cláudia Silva: “pode-se esperar dança – muita dança –, sorrisos, gargalhadas e a sensação de superação gradual e consistente. A aula é composta por 12 faixas musicais, cada uma com o seu ritmo e coreografias próprias, permitindo aos participantes ‘encarnar’ uma personagem diferente em cada uma delas e sentirem-se verdadeiramente estrelas”. Os passos aparecem, segundo a instrutora, de forma progressiva e lógica, “o que transforma a aula num modo divertido e simples de praticar exercício físico com a melhor das sensações e os melhores estímulos”.

Para que isso aconteça, cabe ao instrutor conduzir os participantes através da coreografia e criar os “cenários” ideais. E aqui vale tudo: “a sensação de estar no meio da multidão num concerto, numa festa na praia ou de sermos um bailarino de tango com a rosa na boca…. Tudo é possível!”, diz-nos Cláudia Silva. E, de repente, como constata a instrutora, no meio de tanta diversão “aquela pinga de suor começa a cair pela testa e percebemos: Ah estou a treinar e a sorrir ao mesmo tempo!”.

 

Body Jam: coreografias divertidas e estimulantes

Uma fusão viciante dos mais recentes estilos de dança e dos sons mais cativantes com ênfase tanto no divertimento como no treino. Este é o segredo de uma aula de Body Jam. Como Nuno Silva, instrutor de Body Jam do Holmes Place Health Clubs, sublinha, este “é um treino de cardio, muito motivante e fácil de executar, onde podemos experimentar a sensação de dança”.

Apesar da facilidade das coreografias, o instrutor tem consciência de que para quem nunca fez uma aula deste tipo possa ser difícil acompanhar todos os movimentos, mas, como o próprio nos diz, “na primeira vez que conduzimos um carro também achámos difícil…”. Por isso, “mesmo os chamados ‘pés de chumbo’ acabam por saltar e dançar. O ‘chumbo’ vai desaparecendo gradualmente à medida que o treino vai evoluindo”.

Com a duração de 55 minutos, esta aula pode ser dividida em cinco momentos distintos. Tudo começa com o aquecimento e com uma pequena amostra do que a atividade tem para oferecer: “nesta fase mostramos já algo que irá ser trabalhado mais à frente na aula – num passo/combinação – de forma a preparar o corpo e a mente para o aí vem”, revela Nuno Silva. Depois dá-se início ao primeiro bloco de dança, com combinações fáceis mas muito motivantes. A aula prossegue para um terceiro momento em que uma coreografia simples e de pouca intensidade permite a recuperação cardiovascular, seguindo-se de imediato “um segundo bloco de dança semelhante ao primeiro, mas mais intenso a nível cardio e motivacional. Performance, suor e sorrisos por toda a sala” é o que geralmente acontece nesta fase da aula, reconhece o instrutor. A sessão termina com um período de alongamentos para que se possa recuperar, mas sempre “ao som de músicas atuais. Baixa intensidade e muito groove” são os ingredientes deste momento da aula.

Queima de calorias por aula

Zumba: entre 300 a 800 kcal

Sh’Bam: à volta de 500kcal

Body Jam: cerca de 530 kcal

Se ainda não é praticante de nenhuma destas modalidades ou acha que estas aulas não são para os chamados “pés de chumbo”, trate de mudar de ideias e não deixe de experimentá-las. Aproveite e leve um amigo consigo, até porque aqui não são só as meninas que dançam, os meninos também!

Fontes: Cláudia Silva, instrutora de fitness e Nacional trainee da equipa nacional Manz-Les Mills – Nuno Silva, academy master trainer do Holmes Place Health Clubs- Patrícia Pinto, instrutora de fitness e studio manager na Virgin Active Palácio SottoMayor

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