A amamentação materna, o melhor alimento para o bebé

O leite materno é o melhor alimento para o bebé, amamentação é importante.

Desde o primeiro momento de vida, para o bebé não há melhor alimento do que o leite materno, isso realça a importância da amamentação!

Não existe nenhum outro alimento que possa reproduzir as suas propriedades, dado que tem a correta proporção de todos os nutrientes que os nossos filhos necessitam em cada etapa.

Com efeito, graças à sábia natureza, a composição do leite materno vai-se modificando à medida que passam os meses, para adaptar-se às necessidades da criança nas diferentes fases de crescimento.
Além disso, o corpo da mãe é capaz de equilibrar os requisitos de calorias, proteínas, gorduras e outros importantes nutrientes, aportando em cada toma a proporção exacta que o seu bebé necessita.
A recomendação é que a amamentação materna exclusiva (ou seja, somente peito) seja a única maneira de alimentar o bebé até aos seis meses de vida, momento em que começa a comer os primeiros semi-sólidos.
No entanto, o ideal seria estendê-la até aos dezoito meses.

Vantagens da amamentação materna

Além de satisfazer todas as necessidades nutricionais do bebé, o leite materno é o único alimento que lhe dá proteção imunitária (é muito conhecido o seu efeito protetor sobre uma ampla gama de doenças), o que se traduz num menor número de consultas ao pediatra, menor gasto em medicamentos e menor absentismo laboral por parte dos pais devido às doenças dos seus filhos.
E, como é evidente, é grátis, enquanto que os leites de fórmula, podem ter um preço relativamente elevado.
A amamentação reporta também benefícios para a mamã: favorece e fortalece o vínculo mãe-filho; acelera a recuperação pós-parto; ajuda a que o útero se contraia, diminui a hemorragia; e protege contra o cancro uterino.
E na hora de pensar no aspeto prático, não tem concorrência: está disponível a todo o momento, sempre à temperatura ideal (não tem que o aquecer nem arrefecer) e não é necessário esterilizá-lo.

Como se produz o leite materno?

O leite materno  é produzido nos alvéolos, células produtoras que se localizam nos peitos. Quando o bebé suga, estimula as terminações nervosas do mamilo e da auréola, que enviam uma mensagem à hipófise, glândula encarregada de libertar duas hormonas: a prolactina e a ocitocina.
A prolactina é a hormona produtora, ou seja, a que envia a ordem aos alvéolos para que produzam o leite. A ocitocina, ao contrário, é a encarregada de dar a ordem à glândula para que liberte o leite quando o bebé pressiona o peito com a sua boca.
Se a frequência e a qualidade das tomas são as adequadas, a mamã produzirá a quantidade. necessária de leite para o seu bebé.

Como se prepara o corpo da mulher para amamentação?

Durante a gravidez, o corpo da mulher sofre numerosas alterações, muitas delas mais do que notórias, enquanto que outras passam despercebidas, embora não sejam por isso menos importantes.
Estas modificações, que se produzem pela interação de diversas hormonas presentes no organismo, também afetam os peitos: entre a quinta e a oitava semana da gravidez as mulheres notam um franco aumento do volume mamário, a tal ponto que em alguns casos pode ser o primeiro indício que faz suspeitar a gravidez, ainda antes da confirmação clínica.
Este crescimento deve-se ao facto das glândulas produtoras de leite aumentarem o seu volume. Assim, os mamilos e as auréolas podem estar mais sensíveis ao tacto do que é habitual, e também é provável que estejam mais escuros (pela ação da progesterona).
A verdade é que ao longo dos nove meses, as glândulas mamárias vão-se preparando para cumprir a sua função principal: segregar o leite para alimentar a nova vida que se está a gerar.

A amamentação aprende-se!

A amamentação requer uma aprendizagem, tanto por parte da mamã como do bebé. Algumas mulheres podem iniciá-la desde o princípio sem dificuldades, enquanto que a outras lhes custa um pouco mais.
O importante é não se dar por vencida e continuar a tentar: o esforço vale a pena.

Como e quando iniciar a amamentação?

Dar o peito ao bebé dentro da primeira hora de vida (se é possível, mesmo na sala de partos) estimula a produção de leite.
Nesse momento o bebé já se encontra alerta para responder ao seu instinto natural. Se o parto foi muito difícil ou se se administrou anestesia, é provável que o bebé, tal como a mamã, esteja cansado ou sonolento.
Nesse caso, não se preocupe se não se prende ao peito imediatamente: o melhor é deixá-lo descansar e voltar a tentá-lo mais tarde.
Para conseguir que o recém-nascido se prenda ao peito, pode-se estimular o “reflexo de busca”: roçando suavemente os seus lábios com o mamilo, a criança orienta a boca em direção ao peito materno.
Alguns lambem o mamilo várias vezes antes de prender-se. Quando o bebé abre a boca, leve-lha rapidamente até ao seu peito.

O que é o colostro?

Nos primeiros dias de vida, o bebé alimenta-se com colostro, a primeira variedade de leite que produz o peito materno.
O colostro providencia ao bebé os anticorpos para o proteger de muitas doenças. Além disso, é extremamente nutritivo: contém todas as vitaminas, minerais e calorias que o bebé necessita, e estimula a primeira deposição (mecónio).
É muito raro que os bebés alimentados a peito se constipem. E mais: podem realizar desde uma deposição diária até uma depois de cada toma.
Os bebés alimentados com leites de fórmula, podem ter uma frequência menor de deposições, e além disso são muito duras e consistentes.

Quando se produz a baixa do leite?

Quanto maior é a frequência com que se amamenta o bebé, mais rápido se produz a baixa do leite maduro, que ocorre aproximadamente ao terceiro dia após o nascimento.
A mamã pode aperceber-se quando isto acontece, dado que os peitos começam a notar-se tensos, inchados, com uma sensação de peso e inclusive avermelhados.
Para estimulá-los, é recomendável praticar massagens circulares, preferencialmente com calor (pode-se aproveitar o momento do duche ou aplicar compressas mornas).

Frequência das tomas de amamentação:

O bebé não sabe nada de horários e alimenta-se entre oito e doze vezes ao dia. A tendência atual é alimentar o bebé “a pedido”, ou seja, sem horários preestabelecidos, cada vez que manifeste ter fome.
Durante o primeiro mês, é importante que a mamã tenha a liberdade de amamentar sempre que seja necessário.
Depois, quando ambos aprenderam como fazê-lo, a frequência média é de aproximadamente a cada três horas.

Recomendamos que leia também o artigo: Como fazer uma amamentação correcta – Conselhos práticos sobre a amamentação!

 

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