Façam o favor de ser Felizes!

O segredo para o bem-estar reside na forma como pensamos e nos aspectos em que focamos a nossa atenção. Espreite, experimente e diga-nos o que sentiu.

A forma como pensamos sobre nós, o nosso dia-a-dia, o nosso trabalho, os nossos relacionamentos e as nossas capacidades determina a forma como iremos agir e comportar-nos ao longo da nossa vida. Sentimo-nos mais preparados e confiantes ou mais inseguros e sem controlo sobre as situações? De onde vem a nossa insegurança? Já pensou em quantos minutos ou horas passa por dia a criticar-se ou a preocupar-se com futuro? Quanto tempo passa por dia a desfrutar o aqui e agora, a apreciar o que possui?

Proponho que pare um momento e pense numa situação nova. Imagine-se nessa situação. Interpretou a situação como um desafio ou um obstáculo? Uma situação nova poderá ser uma oportunidade de aprendizagem e de sucesso ou um obstáculo e um problema dependendo da forma como pensa sobre si, os outros e sobre a situação. A forma como olha para a situação nova ou para um evento temido determina a forma como age perante a situação. Se se prepara e pensa num plano e procura soluções ou, se por outro lado, não persiste e evita a situação.

ser feliz

Uma visão mais pessimista ou optimista determinará se procura soluções para ultrapassar obstáculos ou se evita, nega e desiste antes de experimentar ou vivenciar a situação. Já pensou nas oportunidades que poderá ter deixado passar por entre os seus dedos por temer que o pior poderia acontecer, sem se questionar o que poderia advir de bom daquela situação? Quanto tempo passa preocupado e não desfruta do simples estado de estar feliz e bem-consigo próprio?

Na maioria das situações, o nosso maior obstáculo para sermos felizes e sentirmo-nos realizados somos nós próprios. Nós criamos e impomos a nós próprios limites e barreiras, assim como abrimos novas portas a oportunidades. A forma como agimos depende da nossa percepção e do nosso foco de atenção. Por consequência, a forma como agimos irá mudar o comportamento do outro. Se sorrir para uma pessoa sisuda com genuinidade, provavelmente irão sorrir-lhe de volta, ou seja, comportamento gera comportamento.

 

O copo está meio cheio ou meio vazio?

O segredo reside no foco da atenção, se nos centramos numa avaliação excessivamente positiva e/ou negativa ou se contrabalançamos a nossa avaliação da situação entre os aspectos mais negativos, desafiantes, que nos preocupam e nos alertam, e uma visão positiva em busca de soluções para as pequenas pedras no nosso caminho que as preocupações já nos alertaram. Precisamos de um equilíbrio entre os aspectos positivos e os negativos para lidarmos com situações inesperadas e novas ou com novos desafios.

Ser optimista é ter uma visão realista sobre a situação, focar-se nos aspectos positivos (o que poderá acontecer de bom), mas tendo consciência do que poderá ser uma preocupação ou um novo desafio. Se, por exemplo, for para uma reunião apresentar um novo projecto na sua empresa, algo natural é sentir alguma ansiedade e ter alguma preocupação com o seu desempenho. Este desconforto, se for optimista, ajudá-lo-á a preparar-se melhor, treinar a apresentação e antever formas de cativar a audiência e pensando no que poderá advir de bom. Se for uma pessoa mais pessimista poderá antever apenas os piores cenários, ficar com maior ansiedade, o que comprometerá o seu desempenho e levá-lo-á a desinvestir no planeamento e treino porque terá a certeza que nada de bom advirá daquela apresentação. Porquê tentar se não antevejo nada positivo?

Se nos focarmos apenas nos aspectos negativos encontraremos argumentos lógicos que os confirmarão e tornar-se-ão mais presentes e mais reais. Tornamo-nos mais autocríticos, destrutivos por vezes e com tendência a generalizar uma situação específica para todas as situações, semelhantes ou não (“tudo irá correr mal” ou “tudo está arruinado”), não nos permitindo pensar no que de bom poderá ocorrer ou colocar em dúvida a nossa autoavaliação negativa.

Se vos pedir para não pensarem numa cadeira, o que surgirá na vossa mente é a imagem de uma cadeira ou o pensar numa cadeira. O mesmo processo ocorre com os nossos pensamentos, evitar pensar no que nos preocupa ou receamos só torna mais presente e consciente esse mesmo pensamento.

No entanto, como podemos mudar o foco da atenção? Treinamos a nossa forma de pensar, tomando consciência dos nossos pensamentos e aprendendo a controlá-los. Deixo algumas estratégias para ir praticando o mudar de foco…. aprecie o que possui, torne os desafios em oportunidades de sucesso. Permita-se ser feliz e mais autoconfiante, menos preocupado.

 

1. Seja realista e optimista: Não se permita ver o copo meio vazio quando pode vê-lo meio cheio. Crie uma fórmula para analisar as situações, por cada pensamento e autoavaliação negativa desafie-se e questione-se “E se… (acontecer algo de bom)”, encontre 3 aspectos positivos que poderão vir a suceder, mesmo que pequeninos.

2. Não alimente os seus pensamentos negativos e preocupações. As preocupações, tal como as plantas, tendem a crescer e a ficar maiores quando cuidámos deles e lhe prestamos maior atenção. Quanto maior a atenção maior o número de preocupações.

3. Mude o Foco. Procure por soluções, questione-se: “o que poderia eu fazer de diferente?” Não fiquei preso no problema, mas foque a sua atenção no agir e na solução, algo que lhe permitirá ter a sensação de controlo, possibilidade e de alternativa. Estes serão aspectos centrais para existir motivação para a mudança.

4. Concentre-se no presente e no futuro. O passado não predestina o seu futuro, não assuma, como se de uma equação se tratasse, que A+B=C quando existem imensos factores que determinam o presente e o futuro. Se no passado experienciou sofrimento não significa que no presente e no futuro não conseguirá ser feliz. Acredite e aja, uma vez que mudar o aqui e agora está no seu controlo.

5. Permita-se reconhecer os seus sucessos e as suas qualidades. Treine escrever quais as suas qualidades e como essas suas qualidades o ajudam a enfrentar os desafios do quotidiano, seja na sua família, no trabalho ou no grupo de amigos.

6. Controle o seu futuro. O seu presente e futuro são determinados pelas suas acções e decisões, veja-se como a causa e não efeito. Inicie as mudanças que deseja ver acontecer. Construa o seu futuro, visualize-o, estabeleça metas e objectivos, anteveja desafios, procure soluções e aja!

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