Quer engravidar e não consegue?

Quero engravidar, mas não consigo! Esse é um dilema de cada vez mais gente a nível global, mas essencialmente nos países desenvolvidos. Algumas atitudes, embora não garantam óvulos jovens para sempre, previnem o desgaste para  além do normal. Os ovários, assim como o resto do corpo, dependem de um organismo saudável para funcionar na perfeição. “Tudo o que faz mal  ao organismo faz mal aos óvulos”, diz Edson Borges Jr., especialista em medicina reprodutiva.

Um estilo de vida saudável:

· Faça uma dieta equilibrada, pratique exercícios, garanta boas horas de sono e consuma poucas doses de álcool e cafeína, que afetam a função ovariana. Também é essencial manter o peso adequado – magreza excessiva e quilos extras comprometem a fertilidade.

· Largue o tabaco. É um dos vilões cientificamente comprovados da fertilidade. Segundo a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, 13% dos casos de infertilidade estão ligados ao fumo. O tabaco deteriora os óvulos e aumenta os riscos de aborto, de gravidez ectópica (fora do útero) e de menopausa precoce. Como se isso não bastasse, as baforadas diminuem em 34% as chances de quem tenta uma fertilização in vitro. Se  parar de fumar agora, só daqui a um ano verá melhorias a este nível.

· Fique longe de quem fuma: o fumo passivo eleva em 36% o risco de problemas para engravidar nas pessoas expostas mais de 6 horas por dia ao cigarro.

· Visite o ginecologista anualmente. O checkup ajuda a diagnosticar enfermidades como miomas, endometriose e síndrome dos ovários policísticos. Algumas DSTs também são uma ameaça à fertilidade, caso da clamídia e da gonorreia.

· Faça a dosagem de hormonas  ligados ao funcionamento dos ovários, como o folículo-estimulante e o luteinizante. “Analise também o seu perfil fértil, avaliando a hormona antimulleriano, que dá uma ideia da reserva de óvulos”, recomenda Maria Cecília Erthal, especialista em reprodução humana assistida e diretora-médica do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or.

Principais problemas de quem tenta engravidar

Síndrome dos ovários policísticos (SOP): um desequilíbrio hormonal altera o ciclo menstrual e a ovulação. O tratamento é à base de anticoncepcionais, fertilização in vitro e coito programado, além de controle de peso e exercícios físicos. A SOP está relacionada a resistência à insulina e síndrome metabólica.

Endometriose: o endométrio, camada que recobre a parede interna do útero, instala-se em lugares como ovários e intestino. Dor na relação e cólicas são os sintomas. O tratamento inclui medicamentos e cirurgia para retirar o tecido inadequado.

Obstrução tubária: inflamações e infecções podem interromper o caminho que leva ao útero. A principal causa são infecções por DSTs, como a clamídia. Há cirurgias para corrigir as obstruções.

Miomas: trata-se de tumores benignos que crescem no útero. Estima-se que metade das mulheres manifeste o problema, especialmente a partir dos 40 anos. O tratamento inclui retirada do mioma ou embolização, que interrompe o aporte de sangue e mata o tumor de fome.

Aumento da prolactina: alterações no hormônio que produz leite afetam a menstruação e os ovários. Há medicações para inibir a produção do hormônio.

Problemas nos ovários: um dos mais comuns é a menopausa precoce. Nesses casos, indica-se a fertilização com óvulos doados.

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