Inteligência emocional: 10 indícios de que tem uma alta IE

As pessoas que têm a sua inteligência emocional (IE) bem desenvolvida lidam de forma mais eficaz com o stress diário, são capazes de alcançar metas através do controlo das emoções, têm maiores níveis de satisfação com as suas vidas e são capazes de lidar de forma eficaz com as suas próprias emoções e com as emoções alheias.

Sendo assim, hoje em dia, ter sucesso nas diferentes áreas da vida significa ter altos níveis de inteligência emocional, pois só assim serás capaz de construir relações sólidas com os outros e contigo próprio.

Mas afinal, o que é a inteligência emocional?

De acordo com Daniel Goleman, pessoas emocionalmente inteligentes são capazes de reconhecer e perceber as suas próprias emoções no momento em que elas ocorrem, assim como, as emoções dos outros, e são também capazes de influenciar essas emoções para benefício próprio.

Além disso, a Inteligência Emocional combina 5 fatores, sendo estes: capacidade de conhecer as próprias emoções, saber lidar com as suas próprias emoções, motivar-se, reconhecer as emoções nos outros e lidar com relacionamentos.

As pessoas com uma baixa IE têm muita dificuldade em controlar a sua vida emocional assim como de manter o foco nos objetivos, porque travam batalhas internas que quebram a capacidade de concentração e de pensar com clareza para encontrar soluções.

Confira 10 indícios de que a tua inteligência emocional está bem desenvolvida ou se por outro lado precisa de algum treino:

1. Identificas as emoções no momento em que elas ocorrem:

As pessoas com maior consciência acerca das suas emoções têm um maior controlo sobre as suas vidas. Esta é uma aptidão fundamental que está relacionada com a auto-regulação emocional. Por exemplo, consegues lembrar-te da última vez que estavas a desempenhar uma tarefa e falhaste? Conseguiste identificar o sentimento de frustração que te surgiu no momento? Ou simplesmente entregaste-te às emoções e atiras-te com as coisas?

Pois é, as pessoas que não têm consciência das suas próprias emoções são escravas das emoções, ao contrário das que são capazes de compreender o que estão a sentir, sendo estas pessoas mais livres pois têm a opção de agir com base no sentimento de frustração ou a opção de tentarem se livrar dele.

2. És capaz de ultrapassar as adversidades

As pessoas que são capazes de lidar com as suas próprias emoções e torná-las apropriadas para determinada situação são capazes de recuperar mais rapidamente das adversidades e têm uma melhor capacidade de tomar decisões acertadas face às circunstâncias.

Por outro lado, as pessoas que têm dificuldades em lidar com as suas emoções deixam-se levar mais facilmente por sentimentos de desespero.

3. Facilmente adias a satisfação para que possas atingir os teus objetivos

Se quiseres alcançar os objetivos que propões para a tua vida então as tuas emoções deverão estar sintonizadas com esses mesmo objetivos.

Isto significa que para atingires a realização pessoal, deverás ter uma boa capacidade de auto-regulação para que possas inibir os impulsos e a satisfação imediata e assim concentrares-te no que é preciso para alcançar as metas.

As emoções podem ser impulsionadoras como podem ser um entrave à realização das metas pessoais na medida em que elas influenciam a nossa capacidade de pensar, fazer planos, encontrar soluções e continuar o esforço para alcançar uma meta distante.

Para conquistarmos um objetivo, será importante conseguirmos combinar 3 elementos para nos motivar: entusiasmo, ter prazer no que fazemos e uma dose ideal de ansiedade para nos por a mexer.

Resistir ao impulso é a base da auto-regulação emocional.

4. É fácil para ti perceberes o que o outros precisam ou querem

Empatia é uma qualidade que todos os psicólogos deveriam ter.

Mas não é só nesta profissão que esta qualidade é importante. Quem ocupa cargos de chefia, vendas, ensino, assistência social, área da medicina… enfim, todas as profissões que dependam de relações interpessoais baseadas na confiança e ajuda é necessário ser empático.

Como ser mais empático?

Ao reconhecermos os nossos próprios sentimentos, também teremos mais facilidade em lermos os sentimentos das outras pessoas.

Por outro lado, também é necessário ter a capacidade de interpretar sinais não verbais que a outra pessoa envia (muitas vezes de forma inconsciente), como o tom de voz, a (in)segurança dos seus gestos, a expressão facial, irritação ou ansiedade…

Os investigadores descobriram que na comunicação, em mais de 90% da mensagem emocional são utilizados sinais não verbais.

A aptidão social de ser capaz de interpretar as emoções expressas pelos outros, bem ou mal, são aptidões que fomos aprendendo desde a infância.

5. Na maior parte das relações dás-te bem com as pessoas

As nossas aptidões sociais representam a eficácia com que estabelecemos relações com os outros, sendo que, a falta dessas aptidões podem ter consequências desastrosas nos relacionamentos.

As aptidões sociais que adquirirmos através no nosso próprio auto-controle e da empatia que vamos desenvolvendo ao longo do tempo permite-nos ter relações íntimas e sólidas, influenciar as decisões dos outros, mobilizar e inspirar, deixar que os outros se sintam à vontade na nossa companhia, etc.

6. Normalmente, o teu estado de espírito é positivo

Conseguir manter um estado de espírito positivo até mesmo quando as coisas não estão a nosso favor não é fácil. Mas o certo é que o estado de espírito positivo ajuda-nos a manter a flexibilidade na tomada de decisões tornando assim mais fácil a tarefa de encontrar soluções para os nosso problemas.

Por outro lado, pessoas mais pessimistas, tomam decisões excessivamente cautelosas.

7. Em situações adversas és capaz de manter a esperança.

Manter a esperança traz benefícios para além do conforto nos momentos de aflição e é mais do que acreditar que tudo vai dar certo.

Uma pessoa emocionalmente inteligente, mantém a esperança para não cair numa ansiedade avassaladora, nem ter uma atitude derrotista ou deprimida perante os desafios da vida.

8. Sabes como dar feedback

Quando se faz uma crítica do género “isto está tudo mal, nunca fazes nada de jeito” não estamos a dar a oportunidade à outra pessoa de aprender a fazer melhor. Ainda para mais, os ataques pessoais desmoralizam e fazem com que a pessoa se retraía e fuja às responsabilidades.

Uma crítica construtiva concentra-se primeiro naquilo que a pessoa fez de melhor, e depois explica como e quais as coisas que poderão ser melhoradas.

Caso contrário, a pessoa ficará com a impressão de que os seus fracassos devem-se a algum defeito seu que não pode ser mudado, perdendo a motivação de continuar a tentar fazer mais e melhor.

9. Acreditas que tudo vai acabar por dar certo

Ser otimista é ter a crença, mesmo em situações particularmente desafiadoras, de que tudo vai dar certo.

Esta atitude protege as pessoas da passividade ou depressão perante as dificuldades.

As pessoas otimistas acreditam que podem exercer influência e controlo sobre as situações. Elas sabem que podem mudar e esforçam-se para vencer, formulam um plano de ação e pedem ajuda e conselhos. Em suma, estas pessoas assumem que de algum modo a situação pode ser remediada e alterada para que consigam alcançar o sucesso.

Por outro lado os pessimistas acham que nada pode ser feito para mudar a situação, culpam-se pelo fracasso atribuindo-o a alguma característica pessoal que não pode ser mudada.

Portanto, como podem ver, a forma como lidamos com as adversidades pode ter profundas implicações na forma como reagimos. A atitude pessimista conduz ao desespero, enquanto que a otimista gera esperança.

10. Comunicas abertamente

Há uns tempos publicamos um artigo sobre “Como comunicar de forma eficaz” que te poderá ajudar a utilizar a comunicação a teu favor, para te expressares livremente sem que os outros se sintam atacados ou ameaçados.

Uma comunicação eficaz nada tem a ver com provocações, ameaças ou insultos.

Uma comunicação eficaz passa por validar a opinião dos outros, mostrando-os que estamos a ouvi-la e a reconhecer as emoções expressas mesmo que não concordemos com elas.

Referências: Bradberry, T., & Greaves, J. (2009). Emotional Intelligence 2.0. TalentSmart.

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