O frio chegou e com ele as doenças de Inverno!

Com o frio as pessoas sentem mais vontade de ficar mais tempo em casa num ambiente quente e acolhedor, com portas e janelas fechadas, lareira acesa e aquecedores ligados. Ao diminuir a temperatura, a humidade do ar diminui, tornando-se um ambiente mais seco. O frio, o ar seco, ambiente fechado e sem ventilação cria um meio envolvente favorável ao crescimento de vírus e bactérias e à acumulação de poeiras e poluentes, causadores e transmissores de doenças como gripes, constipações, pneumonias e outras infeções respiratórias.

Nesta época do ano, o aparelho respiratório é o mais afetado e os sintomas não tardam em aparecer, sobretudo nas crianças, idosos, ou outros grupos de risco, como fumadores, diabéticos, grávidas, asmáticos ou portadores de outras doenças respiratórias crónicas. Assim, a chegada destes meses faz crescer e redobrar o nível de cuidados pelas infeções respiratórias, nomeadamente, a gripe e as constipações.

doenças do frio

Mas, o que é a gripe e o que são constipações? Qual a diferença? O que fazer para as prevenir? Qual o tratamento? Quando se deve recorrer ao médico? Estas são algumas das questões que muitas pessoas e doentes colocam quando se aproxima esta fase do ano. A confusão surge sobretudo quando falamos em gripe e em constipações, duas situações clínicas diferentes, mas que são muitas vezes confundidas. A gripe é causada pelos vírus influenza A e B, que todos os anos sofrem mutações, enquanto as constipações são causadas por outro tipo de vírus, nomeadamente, o rinovírus. A transmissão de ambos é feita habitualmente entre indivíduos, através das pequenas gotículas de saliva ou pelo contacto direto com objetos contaminados, sendo, por isso, muito contagiosos.

As constipações são infeções das vias respiratórias superiores que costumam causar comichão e vermelhidão no nariz, dores de cabeça, ouvidos ou garganta, tosse, rouquidão, espirros, congestão ou corrimento nasal, perda ou diminuição do olfato e do paladar, olhos lacrimejantes e, em alguns casos, febre baixa.

Na gripe, os sintomas são os mesmos, mas surgem de forma mais intensa, sendo acompanhados de febre alta, dores musculares ou articulares, cansaço ou dificuldade respiratória.

Quer na gripe quer nas constipações não há uma medicação específica. Normalmente, a cura é espontânea, em casa, sem necessidade de recorrer ao médico assistente. Em geral, os sintomas  aliviam com o repouso, ingestão de líquidos,  limpeza nasal com soro fisiológico e evicção do tabaco ou de ambientes com fumo. A toma de paracetamol e anti-inflamatórios está recomendada para baixar a febre e aliviar as queixas. Na persistência ou agravamento dos sintomas e de febres altas, recomenda-se recorrer ao médico.

Acima de tudo, importa a prevenção, com recurso a medidas simples, mas que acabam por fazer a diferença. É importante uma alimentação equilibrada, com sopas, legumes e frutas, beber líquidos (água, chá, sumos naturais), evitar as bebidas alcoólicas e o tabaco. Respirar pelo nariz também faz diferença, pois permite que o ar seja filtrado e aquecido. Lavar frequentemente as mãos com água e sabão, sempre que tossir ou espirrar tapar a boca com um lenço ou com o antebraço e fazer um boa higiene nasal.

Apesar do frio, é importante manter a casa bem ventilada. Os aquecedores deve ser usados de forma moderada, sendo preferível o uso de roupas mais quentes. Fora de casa, reforçar os agasalhos, evitar os locais fechados, com fumo, pouco ventilados e com grandes aglomerações de pessoas, pois o risco de contato com pessoas doentes é maior.

Para a gripe, a melhor prevenção é a vacina, realizada anualmente, entre os meses de outono (normalmente outubro e novembro). Esta vacina está recomendada sobretudo para as pessoas que apresentam um maior risco de virem a ter complicações com a doença, como, por exemplo, idosos (≥ a 65 anos de idade), portadores de doenças respiratórias crónicas, diabéticos, grávidas, fumadores ou pessoas que apresentam o sistema imunitário comprometido por outras doenças.

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