O que é a Reestenose

Reestenose tudo o que precisa saber

Sabe o que é a Reestenose?

A reestenose é um termo médico usado para descrever o estreitamento ou bloqueio recorrente de um vaso sanguíneo após um procedimento de revascularização, como angioplastia ou cirurgia de bypass. É uma complicação comum após esses procedimentos e pode afetar várias artérias do corpo, mas é mais frequentemente observada nas artérias coronárias do coração. Neste artigo, exploraremos as causas, sintomas, diagnóstico e opções de tratamento para a reestenose.

Causas da Reestenose:

A reestenose ocorre quando ocorre a recorrência da obstrução nas paredes internas dos vasos sanguíneos que foram previamente tratados para aliviar o estreitamento ou bloqueio. Existem várias causas possíveis para a reestenose, incluindo:

  1. Proliferação de células lisas: Após um procedimento de revascularização, como a angioplastia, o revestimento interno do vaso pode curar, mas às vezes as células lisas migram para a área tratada e começam a se multiplicar, causando a reestenose.
  2. Formação de tecido cicatricial: A cicatrização do local da intervenção pode resultar em depósitos de tecido cicatricial que podem estreitar novamente a artéria tratada.
  3. Formação de coágulos: Em alguns casos, a reestenose pode ser causada pela formação de coágulos sanguíneos na área tratada, levando ao bloqueio do fluxo sanguíneo.

Sintomas da Reestenose:

Os sintomas da reestenose variam dependendo da gravidade do estreitamento recorrente da artéria e da localização das obstruções. Muitas vezes, a reestenose pode ser assintomática, especialmente em seus estágios iniciais. No entanto, à medida que a obstrução aumenta, podem surgir sintomas que indicam a redução do fluxo sanguíneo. Alguns dos sintomas comuns da reestenose incluem:

  1. Angina: Dor no peito é um sintoma característico da reestenose em pacientes que se submeteram a uma angioplastia coronariana ou cirurgia de revascularização miocárdica. A dor pode ser semelhante à angina estável, com sensação de aperto, pressão ou queimação no peito, mas geralmente ocorre durante o esforço físico ou estresse emocional.
  2. Dispnéia: A falta de ar ou dificuldade para respirar pode ocorrer durante o esforço físico ou até mesmo em repouso, dependendo da gravidade da reestenose e da quantidade de fluxo sanguíneo afetado.
  3. Fadiga: Os pacientes com reestenose podem se sentir mais cansados ​​ou fatigados devido à diminuição do fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco e outros órgãos.
  4. Palpitações: A reestenose pode levar a distúrbios do ritmo cardíaco, como palpitações ou arritmias.
  5. Tontura ou Desmaio: Em casos mais graves de reestenose, quando o fluxo sanguíneo para o cérebro é comprometido, podem ocorrer episódios de tontura ou até mesmo desmaios.
  6. Inchaço: A reestenose de artérias periféricas pode levar ao inchaço das extremidades afetadas.
  7. Claudicação: Se a reestenose afetar as artérias das pernas, pode ocorrer claudicação, que é a dor nas pernas durante o caminhar ou a prática de atividades físicas.

É importante ressaltar que alguns pacientes podem não apresentar sintomas evidentes de reestenose, especialmente em suas fases iniciais. Por isso, é fundamental que os pacientes que tenham se submetido a procedimentos de revascularização sejam acompanhados regularmente por um médico, que pode realizar exames de imagem e outros testes para detectar a reestenose precocemente, mesmo que não haja sintomas aparentes.

Diagnóstico da Reestenose:

O diagnóstico da reestenose é realizado através de uma combinação de sintomas, exames físicos, testes não invasivos e exames invasivos. É importante que os pacientes que tenham se submetido a procedimentos de revascularização (como angioplastia ou cirurgia de revascularização miocárdica) sejam acompanhados regularmente por um médico para detectar precocemente a possível recorrência do estreitamento da artéria. Os principais métodos utilizados para diagnosticar a reestenose incluem:

  1. Histórico Clínico: O médico irá perguntar sobre os sintomas do paciente e o histórico médico, incluindo procedimentos cardíacos prévios, como angioplastia ou cirurgia de revascularização miocárdica.
  2. Exame Físico: O médico irá realizar um exame físico detalhado, incluindo ausculta cardíaca para detectar possíveis sopros cardíacos anormais.
  3. Exames de Imagem: Através de exames de imagem como ecocardiograma, cintilografia miocárdica, tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética cardíaca, é possível visualizar as artérias coronárias e identificar possíveis obstruções ou estenoses.
  4. Eletrocardiograma (ECG ou EKG): O ECG é um teste simples e não invasivo que registra a atividade elétrica do coração e pode ajudar a identificar alterações no ritmo cardíaco ou sinais de isquemia (falta de suprimento sanguíneo adequado).
  5. Teste Ergométrico (Teste de Esforço): O teste ergométrico é um exame que avalia a resposta do coração ao esforço físico e pode ajudar a detectar sintomas relacionados à reestenose, como angina.
  6. Angiografia Coronariana: A angiografia é o exame padrão-ouro para o diagnóstico da reestenose, pois permite visualizar diretamente as artérias coronárias e identificar o estreitamento ou obstrução. Esse exame é invasivo e geralmente é realizado através da inserção de um cateter em uma artéria periférica, que é guiado até as artérias coronárias, onde é injetado um contraste para visualização em raios-X.

É importante ressaltar que a reestenose pode ser assintomática em seus estágios iniciais, portanto, o acompanhamento médico regular e exames de rotina são fundamentais para detectar a condição precocemente, mesmo que o paciente não apresente sintomas.

Tratamento da Reestenose:

O tratamento da reestenose varia de acordo com a gravidade do estreitamento recorrente e a localização das artérias afetadas. Existem várias opções de tratamento disponíveis, e a escolha dependerá da avaliação médica e da condição específica do paciente. Algumas das principais abordagens de tratamento para a reestenose incluem:

  1. Angioplastia com Stent: A angioplastia é um procedimento minimamente invasivo realizado com um cateter que possui um balão na ponta. O balão é inflado no local da reestenose para comprimir a placa de ateroma e restaurar o fluxo sanguíneo normal. Além disso, um stent, que é uma estrutura metálica em forma de malha, pode ser colocado no vaso para mantê-lo aberto após a angioplastia. O stent funciona como uma espécie de suporte, impedindo que a artéria se estreite novamente.
  2. Aterectomia: A aterectomia é um procedimento que utiliza um cateter especial com uma lâmina rotativa ou laser para remover a placa de ateroma das paredes da artéria. É uma opção de tratamento para reestenose mais severa ou casos em que a placa aterosclerótica não pode ser totalmente dilatada com a angioplastia.
  3. Bypass Cirúrgico: Em casos mais graves de reestenose, especialmente quando múltiplas artérias estão envolvidas, o bypass cirúrgico pode ser indicado. Nesse procedimento, o cirurgião cria um desvio ao redor da área afetada, utilizando um enxerto (geralmente uma veia ou artéria do próprio paciente ou um material sintético) para restaurar o fluxo sanguíneo adequado.
  4. Terapia Medicamentosa: Medicamentos também podem ser prescritos para ajudar a reduzir o risco de reestenose e melhorar a saúde cardiovascular do paciente. Isso inclui medicamentos antiplaquetários (como aspirina e clopidogrel) para evitar a formação de coágulos sanguíneos, bem como medicamentos que reduzem o colesterol, controlam a pressão arterial e estabilizam a placa aterosclerótica.
  5. Terapia Endovascular: Em alguns casos, um procedimento endovascular adicional pode ser realizado para tratar a reestenose. Isso pode incluir a colocação de um stent adicional ou a realização de angioplastia em áreas estreitas que não foram tratadas inicialmente.

Prevenção da Reestenose:

Para prevenir a reestenose, é essencial seguir as orientações médicas após um procedimento de revascularização. Isso pode incluir tomar medicamentos conforme prescrito, fazer mudanças no estilo de vida, como seguir uma dieta saudável, praticar exercícios regularmente e parar de fumar. Além disso, o acompanhamento médico regular e exames de controle são fundamentais para detectar qualquer recorrência de estreitamento nas artérias tratadas.

Considerações finais sobre reestenose

A reestenose é uma complicação relativamente comum após procedimentos de revascularização, mas pode ser tratada com sucesso em muitos casos. A adesão ao tratamento e às orientações médicas, juntamente com mudanças no estilo de vida, são fundamentais para prevenir ou tratar a reestenose. Se você passou por um procedimento de revascularização e está apresentando sintomas semelhantes aos descritos, é fundamental procurar atendimento médico imediatamente para receber o diagnóstico adequado e o tratamento adequado para melhorar sua saúde cardiovascular.

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