Alergias e reacção alérgica como prevenir

Prevenção de alergias e reacções alérgicas em geral.

Certo paciente, portador de complicações renais, dirigiu-se à unidade radiológica do hospital para realizar uma radiografia do aparelho urinário. A visualização dos rins e vias urinárias requer uma injeção prévia de contraste, à base de iodo, diretamente na veia. Normalmente, após alguns minutos de espera, começam a ser tiradas as primeiras fotografias. Depois, periodicamente, outras, para acompanhar a progressão do contraste nos rins e nas vias urinárias.

Durante a aplicação da injeção, o paciente sentiu-se mal, com sudorese, tonturas e falta de ar. Imediatamente foi verificada a sua pressão arterial, que se mostrava muito baixa, aproximando-se de níveis perigosos. Rapidamente, os profissionais perceberam o que estava a acontecer, evitando a instalação de consequências mais graves. Houvesse o facto ocorrido em local menos preparado para atendimento de emergência, o paciente estaria em perigo.

Mas, afinal, o que houve? Ele teve um choque anafilático. É uma forma extrema de reação classificada como alérgica, em que o organismo reage de modo tão violento ante uma substância com a qual entra em contacto, que põe em risco a sua própria integridade física. Normalmente, as reações alérgicas são muito mais suaves e, por isso mesmo, nalguns casos, são de difícil identificação.

Reação alérgica

Reação alérgica é uma resposta incomum do sistema imunológico a determinada substância. Na maioria das pessoas não provoca nenhuma reação especial. Duas pessoas podem entrar em contacto com as mesmas partículas ou substâncias; uma não sente absolutamente nada, enquanto a outra, alérgica, enfrenta uma série de sintomas (veja o quadro “Sintomas de uma reação alérgica”).

Tal resposta imediata do organismo alérgico ocorre devido à libertação da chamada histamina, que provoca a congestão no local, com vermelhidão, dilatação dos vasos sanguíneos e possível destruição de tecidos no local. Outras substâncias também participam nessa reação, como enzimas, interleucinas e até radicais livres.

As substâncias causadoras de alergia podem ser as mais diversas e surpreendentes (veja o quadro “Alergéneos mais comuns”). A lista, como pode observar, é muito extensa e individualizada. Em determinados casos, o primeiro contacto com a substância em questão não afeta, mas, se se repetir a exposição, a pessoa poderá ser sensibilizada e passar a reagir alergicamente a partir de então.

O período necessário para a manifestação de uma reação alérgica pode variar entre alguns minutos, algumas horas e vários dias. São mecanismos diferentes que entram em ação, mas que possuem em comum o mesmo caráter alérgico que caracteriza os indivíduos cujas reações são diferentes das da população em geral. Fatores puramente emocionais podem desencadear reações semelhantes.

Prevenção de alergias

O tratamento mais eficaz e menos dispendioso seria evitar toda e qualquer substância reconhecidamente envolvida no desencadear do processo alérgico. Para isso, torna-se necessário:

1 – Limpar o ambiente em que se vive, eliminando o pó, retirando os animais e permitindo o máximo de ventilação e de luz solar.
2 – Usar cuidadosamente os produtos químicos que têm maior potencial de sensibilização.

3 – Adotar uma alimentação equilibrada, com predominância de frutas, verduras e, principalmente, nozes. Esses alimentos têm capacidade protetora de reações inflamatórias, graças aos seus ácidos gordos essenciais ómega-3.
4 – Consumir alimentos vegetais ricos em vitamina C e cereais integrais ricos em vitamina E.
5 – Evitar alimentos industrializados, normalmente acrescidos de corantes e conservantes.
6 – Fazer uma higiene pessoal rigorosa, exercício fisico ao ar livre, tomar banhos mornos.
7 – Quando necessário, fazer testes alérgicos especiais e tomar vacinas, sob a supervisão de um especialista em doenças alérgicas.

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