Como prevenir a queda de cabelo
Saiba como prevenir a queda de cabelo, um problema que afeta homens e mulheres.
Trata-se de um problema que pode ter na sua origem as mais diversas causas. Mas é possível, pelo menos, contrariar o problema. Saiba como pode proteger o seu cabelo.
A pessoa olha para o espelho e começa a perceber que o couro cabeludo está cada vez mais a descoberto. Uma mulher passa a mão no cabelo e repara nos fios que se lhe ficaram entrelaçados nos dedos. Passa a mão por água e no ralo do chuveiro amontoam-se alguns fios de cabelo.
Estas são situações que já conhecemos ou que temos a sensação de não estamos tão longe assim de as conhecer pessoalmente. Mas a verdade é que quando estamos nesta fase é sinal de que o cabelo já está a cair. E de que já deveríamos ter reagido.
Fernando Gomes, tricologista, especialidade dedicada às questões capilares, divide as causas para a queda de cabelo em dois grupos principais. De um lado as “razões genéticas e hormonais”, uma espécie de dupla que torna inevitável que a dada altura a pessoa tenha a queda de cabelo como um desafio na sua vida. Porém, com o devido acompanhamento é possível retardar a questão.
Por outro lado há razões que têm que ver com a nossa vivência, e aqui fatores psicossomáticos, em que uma fase mais débil psicologicamente se nota no nosso organismo, mas também o stress resultante de uma rotina complicada, a alimentação pouco cuidada, entre outros, acabam por contribuir para o problema (podem naturalmente haver outras questões mais pontuais, como um acidente que provoque queimaduras e afete o couro cabeludo, mas naturalmente que estes casos são excecionalidades).
Para quem quer prevenir a queda de cabelo, Fernando Gomes alerta que é preciso estar atento aos primeiros sinais, já que estes surgem antes de se notar uma queda acentuada. Quando se começa a notar qualquer tipo de fragilidade, como por exemplo a nível de densidade dos fios, é muitas vezes sinal de que a queda acentuada de cabelo, mais cedo ou mais tarde se fará notar.
É por isso que o tricologista defende que quanto mais cedo se fizer a consulta de diagnóstico, melhor. Mesmo quando se trata de uma questão genética, e portanto mais difícil de contrariar. É que só com exames cuidados se poderá perceber a extensão e complexidade da situação. E desse modo será possível intervir atempadamente.
Cuidados a ter com o cabelo para evitar a queda.
Entre os principais cuidados a ter, a alimentação é, como em tantas outras coisas do nosso organismo, uma das primeiras referências. Alimentos como a laranja e o limão, ricos em vitamina C, podem contribuir para o bom funcionamento das células do fio de cabelo. Ao mesmo tempo que alimentos ricos em potássio, sejam bananas ou frutos secos como a amêndoa, ajudam a manter a flexibilidade e a hidratação.
Mas quando as razões se devem a stress ou até a problemas psicológicos (caso de uma depressão), acima de tudo é importante reconhecer que a queda de cabelo é apenas mais um sintoma de um problema que deve ser abordado o quanto antes.
Finalmente, a higiene. E aqui convém primeiro saber que tipo de cabelo se tem (se seco ou oleoso, por exemplo), para que não se esteja a utilizar algo que não terá efeitos positivos no nosso tipo de cabelo. Mas convém também ter em conta que nem todos os produtos à venda apresentam os mesmos resultados. Fernando Gomes alerta que “os produtos de mercado são standardizados”. E que o ideal é mesmo procurar apoio para se descobrir “produtos naturais direcionados para cada situação”.
Para além da beleza.
A verdade é que o nosso cabelo não é apenas um sinal exterior de beleza que as nossas sociedades valorizam enquanto tal. Na verdade a queda de cabelo é muitas vezes sintoma ou reflexo de outros problemas na nossa vida. E isto funciona tanto para homens como para mulheres, ainda que social e culturalmente as relações com os cabelos possam divergir.
As diferenças entre género poderão notar-se em pormenores mais subjetivos. É o caso, por exemplo, de muitos homens que, mesmo quando o problema é indesejado, aceitam a queda de cabelo “como uma inevitabilidade, deixando as coisas andar”.
As mulheres, por outro lado, porventura fruto também de ideais de beleza que se consagraram culturalmente, “muitas vezes atuam mais cedo do que os homens”. Mas, alerta Fernando Gomes, a verdade é que “a calvície é igual, o sofrimento é o mesmo”.
Existem diversos fatores que se sabe que podem provocar a queda excessiva do cabelo (neste caso a alopecia denomina-se deflúvio telogénico), os principais fatores são os seguintes:
- Stresse;
- Pós-parto;
- Febre;
- Infeções;
- Doenças crónicas graves;
- Intervenções cirúrgicas;
- Dietas rigorosas;
- Doenças endócrinas (como alterações na tiroide)
- Alguns medicamentos.
Existem vários sinais de alarme aos que devemos estar atentos e consultar um dermatologista para evitar problemas maiores, são eles:
- Diminuição da densidade capilar – Quando a quantidade de cabelo que vai caindo é superior ao que nasce e cresce, ocorre uma diminuição da densidade capilar que deve ser estudada para programar o melhor tratamento atempado.
- Existência de peladas – O surgimento de peladas sejam elas pequenas ou grandes, isto é, aparecimento de áreas sem cabelo, é um sinal de alerta que requer a consulta de um especialista.
- Cicatrizes – Aparecimento espontâneo de áreas de cicatriz no couro cabeludo
- Rarefação de cabelo com outras manifestações – Menos cabelo e mais fraco, acompanhada de descamação, borbulhas, nódulos ou drenagem de pus.
Devemos cuidar do nosso cabelo porque ele faz parte do nosso corpo e, ao fim de contas é fundamental para a nossa imagem, para a nossa identidade e mesmo para a nossa auto-estima. Devemos dedicar algum do nosso tempo para nós e para o nosso bem-estar e isto inclui tratar bem do nosso cabelo diariamente:
– Lavar com um champô apropriado;
– Massajar o couro cabeludo com delicadeza;
– Evitar agressões físicas e químicas (secadores, pranchas, produtos químicos irritantes, técnicas de penteado com tração do cabelo…);
– Pentear com suavidade;
– Hidratar bem as pontas.
Já sabe como prevenir a queda de cabelo, coloque em prática o mais cedo possível.
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