Açúcar ou adoçante, qual o melhor para a saúde?

O que faz menos mal à saúde, Açúcar ou adoçante?

Açúcar ou adoçante? Com certeza que não é a primeira vez que ouve esta pergunta. Tanto o açúcar como o adoçante têm vantagens e desvantagens, Saiba como pode dar a resposta mais adequada ao seu caso.

Imagine uma situação relativamente comum: trabalha num escritório e a maior parte do seu trabalho decorre sentado, em frente ao computador. O seu trabalho exige um cérebro ativo e até aprecia café. Bebe um de manhã, talvez outro depois de almoço.

Se o dia estiver a ser exigente se calhar até bebe mais um a meio da tarde. Como até prefere o seu café um pouco mais “docinho”, lá acrescenta algum açúcar. Se calhar até nem usa o pacote todo mas ao longo do dia lá vão um, dois, talvez três cafés. E como até nem tem muito tempo para pausas é preferível ter umas bolachas aí à mão.

É prático, simples e como a concentração está é no ecrã do computador o pacote de bolachas lá vai ficando mais pequeno com o passar das horas. Não é nada assim tão incomum, pois não? E aos poucos o açúcar no sangue já se foi acumulando.

Agora junte-lhe o peso da rotina, a dificuldade (a falta de tempo, a falta de vontade) em ir fazer um pouco de corrida ou uma simples caminhada. Se acrescentar mais um refrigerante ao almoço, uma sobremesa ao jantar, se calhar até mais um snack qualquer à noite, já em casa, antes de se ir deitar… Se tivesse oportunidade de juntar todo este açúcar numa simples chávena era bem capaz de se surpreender.

Na verdade dificilmente seria capaz de ingerir aquela quantidade toda de açúcar de seguida sem enjoar. E no entanto o dia passou e esse açúcar todo já está no seu organismo, sem que tenha tido oportunidade de o “gastar” convenientemente.

Doce sabor mas…

Esta nossa tendência para apreciar sabores mais doces não é de hoje. Ao longo da história da humanidade sempre mostrámos gosto por sabores mais doces. O açúcar tem também o seu poder “aditivo”. Não é por acaso que a exploração da cana-de-açúcar se tornou rapidamente uma das maiores importações europeias, no tempo dos Descobrimentos. Havia procura.

O que está aqui em causa, em particular nas sociedades mais desenvolvidas, não passa por retirar por inteiro o açúcar da nossa dieta. Mas sim, como nos explica a nutricionista Ana Teresa Ramos, “aprender a reintroduzi‐lo”.

Existem vários tipos de açúcares, que têm origem em diferentes fontes. É o caso do amido (existente em arroz, batatas, massas, entre outros), da frutose (fruta, mel) ou lactose (presente no leite), entre outros. Mas para este artigo – e porque é principalmente no dia-a-dia, em situações bem menos hipotéticas do que as que descrevemos ao início deste artigo, que poderá fazer escolhas práticas entre açúcar ou adoçante vamos focar-nos na sacarose, que é o tipo de açúcar que encontramos presente nos doces, nos refrigerantes, chocolates e produtos de pastelaria. Falamos precisamente do açúcar que vai encontrar nos pacotes de açúcar que acompanham o café, branco, refinado, saboroso mas calórico.

Como nos explica a dietista Eduarda Alves no livro 100% Sem Diabetes, os açúcares constituem uma fonte de energia de eleição para o nosso organismo. Trata-se de energia de que precisamos, sem dúvida. Mas esta vantagem não chega sem as suas desvantagens.

Este açúcar quando consumido em excesso contribui para problemas tão diferentes quanto a obesidade, a cárie dentária, hiperglicemia e até um maior risco de infeções. E se pensarmos no número de doenças cujo risco aumenta com a obesidade, por exemplo, está visto que temos aqui um produto que, por mais saboroso que seja, pode prejudicar-nos. Como devemos então proceder? Substituir o açúcar por adoçante no dia-a-dia é opção para todos nós? Antes de mais, abordemos o outro lado da questão.

O que são os adoçantes?

A nutricionista Ana Teresa Ramos explica-nos que os adoçantes, também designados por edulcorantes, “são substâncias quimicamente diferentes dos açúcares, mas com poder adoçante muito superior ao da sacarose (o nosso açúcar de mesa comum) e que foram introduzidas no mercado por terem muito baixo ou mesmo nenhum valor calórico”. Ao fim e ao cabo, acrescenta a especialista em nutrição, “são aditivos alimentares que podem ser usados individualmente ou misturados, consoante a durabilidade das suas características”.

Os adoçantes, no entanto, não são todos iguais. Atualmente temos à nossa disposição adoçantes naturais e adoçantes artificiais ou sintéticos. “Os naturais derivam exclusivamente de plantas ou alimentos de origem animal, os sintéticos não necessariamente e são obtidos por reações químicas”, pormenoriza a nutricionista.

Como é lógico o adoçante obtido a partir de químicos como por exemplo aspartame, são muito mais prejudiciais para a saúde.

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