O uso do Espinafre na Fitologia

Nome em Latim: Spinacia oleracea L.
Família: Quenopodiáceas

Popeye, o famoso marujo dos desenhos animados, devia a sua grande força ao consumo de espinafres. Nos nossos dias, as investigações tanto clínicas como de laboratório têm confirmado que Popeye tinha razão quando comia tantos espinafres para obter força física. E, além disso, descobriram-se novas aplicações dietoterapêuticas desta excelente verdura, como a sua ação protetora sobre a retina e a visão.

Propriedades e indicações

O espinafre é possivelmente a verdura mais energética de todas as que se conhecem, isto apesar de não conter mais de 22 calorias por cada 100g. O seu teor em proteínas é bastante elevado para uma verdura, mas praticamente não contém hidratos de carbono nem gorduras.

O poder nutritivo dos espinafres reside na sua grande riqueza vitamínica e mineral, já que 100g de espinafres cobrem as seguintes doses das necessidades diárias de: vitamina A – dois terços; ácido fólico ou folato – praticamente a totalidade; vita­­mi­na C – metade; magnésio – quase a quarta parte; ferro – mais da quarta parte.
Vejamos as suas aplicações mais importantes:

Afeções da retina: A mácula é uma pequena mancha amarelada de uns 2mm de diâmetro, que se encontra no centro da retina e que corresponde à zona de maior acuidade visual. A degeneração desta zona especialmente sensível da retina é a principal causa de cegueira na terceira idade.

Uma investigação muito minuciosa levada a cabo no Hospital para os Olhos e Ouvidos, de Massachusetts, e na Universidade de Harvard, revelou que as pessoas de 55 a 80 anos que consomem espinafres regularmente apresentam um risco muito menor de sofrer perda de acuidade visual devida a degeneração macular.

O efeito protetor dos espinafres sobre a retina é superior até mesmo ao que se obtém com o consumo de cenouras. Este facto tem chamado a atenção dos investigadores, que o atribuem à grande riqueza do espinafre em luteína e zeaxantina. Estas substâncias são pigmentos vegetais de tipo carotenoide que, embora não se convertam em vitamina A como no caso do betacaroteno, exercem uma forte ação antioxidante que protege as células sensíveis da retina.

Anemia: O espinafre contém ferro (2,71mg/100g), numa proporção que excede a da carne. Se bem que o ferro de origem vegetal se absorva com maior dificuldade do que o de procedência animal, a presença da vitamina C procedente tanto do próprio espinafre como de outros alimentos favorece notavelmente a assimilação deste mineral.

Além disto, o espinafre é rico em outros minerais e oligoelementos que favorecem a produção de glóbulos vermelhos na medula óssea. O sumo fresco de espinafre (4) é uma forma eficaz de o ingerir em caso de anemia.
Excesso de colesterol: Demonstrou-se em animais de laboratório que as proteínas do espinafre impedem a absorção do colesterol e dos ácidos biliares. O seu consumo ajuda a reduzir o nível de colesterol no sangue.
Gravidez: Pela riqueza em ácido fólico ou folato, que previne certas malformações nervosas no feto, assim como pelo seu poder antianémico, o espinafre é uma verdura ideal para as grávidas.
Desporto e crescimento: Pela sua riqueza vitamínica e mineral, os espinafres são uma verdura muito recomendável para todos os desportistas e adolescentes em fase de crescimento.

Preparação e emprego
USO INTERNO
Crus: Quando são tenros, os espinafres podem comer-se em salada.
Congelados: Perdem uma pequena parte da vitamina C, mas têm a vantagem de estar disponíveis todo o ano.
Cozinhados: A forma ideal é ao vapor, pois assim conservam a maior parte das suas vitaminas e minerais.
?Sumo fresco: Meio copo por dia, antes do almoço ou do jantar, bebido um golo de cada vez, é uma dose recomendável.

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