Exames ginecológicos

Quais os exames ginecológicos mais comuns, feitos pelos ginecologistas!

Na consulta de ginecologia o médico pode solicitar exames complementares para confirmar um diagnóstico ou para prevenir a ocorrência de determinadas doenças ou problemas de saúde.

Saiba em que consistem os exames ginecológicos mais frequentes.

Os exames complementares, requeridos pelo ginecologista, proporcionam-lhe indicações importantes, e muitas vezes indispensáveis, para um correto diagnóstico, estes são os mais comuns:

Exame bacteriológico vaginal e cervical

Não deve ser confundido com os esfregaços de despistagem. Trata-se também de uma colheita, ao nível da vagina e do colo do útero, mas com um objectivo diferente. O exame bacteriológico vaginal e cervical consiste na pesquisa e identificação de certos germes como as tricomonas (um parasita), ou de bactérias que podem provocar afecções mais graves, como a “Chlamydia Trachomatis“.

Os exames devem ser feitos em laboratórios de análises, uma vez que as amostras recolhidas têm de ser colocadas imediatamente num meio especial de cultura em que os germes se possam desenvolver. A maior parte destes microrganismos não sobrevive muito tempo fora do organismo.

Esfregaço cervico-vaginal

Trata-se de um exame de despistagem a que todas as mulheres se deviam submeter anualmente a partir do início da sua actividade sexual. O médico utiliza uma espátula de madeira para recolher, em três localizações diferentes, secreções vaginais que são depois espalhadas sobre uma lamela de vidro para exame microscópico.

O esfregaço permite a despistagem de anomalias pré-cancerosas do colo do útero. Este exame não pode ser efectuado durante o período menstrual nem se existir uma infecção (perdas).

Mamografia ou radiografia dos seios

Pratica-se, em geral, de dois em dois anos, depois de ultrapassados os quarenta. Trata-se de um exame de despistagem destinada a detectar anomalias que poderão indiciar um cancro no seu início. A mamografia tem também como objectivo a identificação de anomalias verificadas durante a palpação dos seios. Utiliza aparelhos que produzem níveis de radiação muito baixos, pelo que não têm efeitos negativos sobre as glândulas mamárias.

A mamografia pode mostrar, por exemplo, microcalcificações, algumas das quais podem corresponder ao início de um cancro. Despista também um certo número de afecções benignas como fibro-adenomas ou quistos (glóbulos de tecidos e líquidos). As imagens da mamografia são muitas vezes suplementadas pela ecografia dos seios, já que este último meio de diagnóstico está particularmente indicado na pesquisa de quistos benignos contendo líquido.

Histeroscopia

Permite diagnosticar pólipos ou fibromas uterinos com a ajuda de um minúsculo aparelho óptico introduzido na cavidade uterina. Este exame não mostra as trompas mas permite a obtenção de amostras de tecidos que são depois entregues aos laboratórios para análise.

A histeroscopia pode provocar algumas dores, sobretudo no caso de mulheres cujo orifício uterino seja muito estreito. Os anti-espasmódicos e os analgésicos são muitas vezes úteis nestas condições. Os casos mais difíceis podem exigir uma anestesia geral.

 

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Ecografias do útero e dos ovários

São efectuadas normalmente em centros especializados mas podem ser também feitas no consultório do médico. Destinam-se a determinar não só as dimensões do útero e dos ovários mas também a detectar certas anomalias (fibromas do útero, quistos dos ovários, etc.).

A ecografia é muito exacta e totalmente inócua; é extremamente útil para confirmar os dados de um exame ginecológico ou para acompanhar a evolução de um fibroma ou de um quisto.

Histerografia

Desde que efectuado com habilidade este exame radiológico não deve ser doloroso. Provoca apenas algumas sensações desagradáveis, não exigindo anestesia geral. Injecta-se na cavidade uterina, e seguidamente nas trompas, a baixa pressão, um líquido iodado opaco aos raios X enquanto se fazem radiografias sucessivas durante as várias fases do exame. A histerografia permite diagnosticar pólipos uterinos, malformações uterinas, trompas obstruídas ou casos de endometriose.

No entanto, a histerografia não mostra os ovários (visíveis nas ecografias, ou palpáveis durante o toque vaginal). Está contra-indicada nos casos de alergia ao iodo devido ao risco de acidente. Embora o líquido injectado seja estéril receitam-se muitas vezes antibióticos para prevenir a recidiva de uma antiga infecção das trompas.

Colposcopia

Consiste no exame do colo do útero após coloração com o auxílio de uma lupa munida de um foco luminoso. Há ginecologistas que a praticam sistematicamente durante os exames de despistagem e outros que o fazem apenas quando o esfregaço revela anomalias (inflamação, presença de células atípicas, etc.).

 

Não podendo usar a pílula e não querendo usar o DIU que método me aconselha e que seja bastante fiável?

Existem cinco grandes grupos de métodos contraceptivos:
1. Métodos naturais (calendário, temperaturas);
2. Métodos barreira (preservativo masculino, preservativo feminino, diafragma);
3. Contracepção hormonal (pílula, implantes hormonais, injectáveis);

4. Dispositivos intra-uterinos (DIU);
5. Esterilização (laqueação tubária, vasectomia).

Os actuais contraceptivos orais são pouco doseados pelo que têm muito menos efeitos secundários e contra-indicações, comparados com os que eram usados há duas décadas. A tensão arterial alta, doenças hepáticas, epilepsia, colesterol aumentado, antecedentes de enxaqueca ou diabetes descompensada são situações em que deve ser evitada a utilização deste método contraceptivo. A maioria das mulheres não tem qualquer contra-indicação e pode utilizar contracepção hormonal.

A pílula do dia seguinte considerada como anticoncepcional de emergência é realmente eficaz quando efectuada até 72 horas após relações sexuais não protegidas, mas não deve ser utilizada por rotina. A pílula do dia seguinte é composta por hormonas semelhantes às da pílula normal (estrogénios e progestagénios), mas em doses muito mais elevadas, se a leitora não tem nenhuma contra-indicação para o seu uso também não terá para a pílula normal.

Mas, se não pretende utilizar nem contracepção hormonal nem dispositivo intra-uterino sobram-lhe apenas três grupos de contraceptivos:
1. Métodos naturais que são pouco fiáveis e só funcionam em mulheres com ciclos regulares;
2. Métodos barreira impedem o contacto entre o espermatozóide e o óvulo, são relativamente fiáveis sobretudo se utilizados com espermicida e têm poucos efeitos secundários;
3. A laqueação tubária e a vasectomia são muito eficazes, mas são métodos definitivos pelo que só são utilizados quando o casal não pretende ter mais filhos.

Fonte: Filomena Nunes, Ginecologista/Obstetra

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