Como dominar e ultrapassar a frustração!

6 Estratégias para dominares a FRUSTRAÇÃO

A frustração surge quando sentimos que as nossas necessidades não estão satisfeitas ou quando algum obstáculo nos impede de conseguir aquilo que queremos.

Nos dias de hoje, a vida é cada vez mais facilitada pelas tecnologias que nos permitem fazer as coisas em menos tempo, pela medicina que cada vez mais é capaz de curar doenças ou pelo menos oferecer uma melhor qualidade de vida e pela informação que é muito fácil de ser acedida. Resumindo, a nossa vida é cada vez mais fácil e confortável.

Ou não.

Ao estarmos cada vez mais habituados ao facilitismo, somos cada vez mais comodistas e expectamos que a vida resulte tal como queremos e que os problemas sejam rapidamente resolvidos. Desta forma, a nossa capacidade de tolerar a frustração fica mais reduzida porque simplesmente não aprendemos a lidar e a aceitar as adversidades inevitáveis da vida.

Consequentemente, sentimentos como a raiva, a depressão, o desânimo e o desespero vão ocupando um papel cada vez mais central no modo como enfrentamos a vida.

O que causa a frustração?

O baixo nível de frustração é fruto de padrões de pensamento desadaptativos tais como a crença de que as coisas “devem/têm de ser”, o pensamento dicotómico e pela catastrofização.

Ou seja, acreditamos que as coisas devem funcionar à nossa maneira e que se não for assim a situação é intolerável (pensamento dicotómico) e sofremos o dobro daquilo que a situação exige ao exagerarmos as consequências negativas que poderão advir de erros cometidos (catastrofização).

Como ultrapassar a frustração?

1- Direcciona o teu pensamento para as soluções

Para ultrapassar a frustração é necessário mudar de atitude e direccionar o pensamento para a resolução do problema, procurando por soluções viáveis.

Este processo implica mudar a forma como pensamos acerca dos problemas. Por exemplo, em vez de pensarmos que as coisas têm de correr sempre na perfeição, é mais adaptativo pensar que os problemas fazem parte da vida e aceitar isso como um facto.

Quanto mais rigídos formos na nossa forma de pensar sobre como as coisas DEVERIAM ou NÃO DEVERIAM ser, mais chateados ficamos.

No entanto em algumas ocasiões não basta mudar a forma como pensamos acerca das coisas, temos de agir, fazer algo para solucionar o problema.

Esta acção pode passar por comunicar de forma eficaz com os outros, para assim resolver os problemas e reduzir a probabilidade de outros surgirem no futuro. Também poderá ser necessário sair da zona de conforto, definir objetivos e ser mais criativo.

2- Sai da tua zona de conforto

As mudanças envolvem enfrentar situações desconhecidas o que, inevitavelmente, geram medo, incerteza e insegurança em relação ao que poderá vir a acontecer.

As pessoas com baixa tolerância à frustração, por estranho que pareça, muitas vezes deixam-se permanecer em situações insatisfatórias anos a fio. Apesar da sua infelicidade, sentem-se mais seguras se permanecerem onde estão.

Aqui o desafio será fazer coisas que nos movam para fora da nossa zona de conforto, ou seja, que nos abalem e ponham ao de cima os nossos medos e inseguranças.

Ao expormo-nos a situações difíceis, percebemos que aquilo que receávamos tanto, talvez não seja assim tão mau que não consigamos suportar.

Às vezes, é ao enfrentarmos este tipo de situações que a magia acontece. Encontramos soluções, descobrimos talentos escondidos e conhecemos novas formas de pensar e de viver.

Quando deixamos de fugir do desconforto, a vida torna-se mais fácil, aumentamos a nossa tolerância à frustração e as situações desagradáveis deixam de ter tanta importância.

Nota: Se precisas de coragem e inspiração para começares a enfrentar os teus medos, visita o canal do youtube “100 days without fear”.

3- Define, organiza e planeia os teus objetivos

Por vezes a origem da nossa frustração pode dever-se à sensação de sermos um barquinho que navega ao sabor do vento, sem rumo e sem capitão que o governe.

É muito fácil ultrapassar esta situação. Basta termos uma caneta e um papel e começarmos a apontar todos os objetivos que gostaríamos de realizar, realçando a sua importância e como planeamos alcançá-los.

Ao termos objetivos definidos podemos começar a trabalhar para os alcançar. Até podes perguntar-te “se eu seguir por este caminho ou tomar esta iniciativa, fico mais próximo do meu objetivo?”.

Quando sentimos que estamos a trabalhar ativamente para resolver os nossos problemas e que quem comanda a nossa vida somos nós próprios e mais ninguém, começamos a encontrar um propósito nas nossas existências e a sentir que a nossa vida é importante e significativa.

4- Muda de perspetiva

Como podemos pensar em encontrar soluções para resolver os problemas se estamos sempre a olhar para o lado negativo e a pensar no que pode acontecer de pior?

E que tal adotar uma atitude mais otimista perante a vida (o que trás inúmeras vantagens) e a ver as coisas de uma perspectiva mais positiva?

Então pensa: Amuas com o teu namorado porque ele mostra-te que nem sempre és a dona da razão, ou estás feliz por ter alguém do teu lado que te conhece bem e te ama incondicionalmente? Não gostas do prato que a tua mãe te preparou ou estás grata por nunca ter faltado comida na mesa? Estás farto do teu trabalho ou és um daqueles que tem a sorte de ter um?

Quando mudamos a forma de ver as coisas, a nossa vida também muda. Começamos a reparar que de facto somos abençoados e que muita coisa boa acontece na nossa vida.

Além disso, aquilo que antes parecia ser impossível de resolver, afinal tem solução.

5- Aprende com os erros

Uma das características de pessoas com baixa tolerância à frustração é a de se criticarem pelo que fizeram e não deveriam ter feito ou vice-versa.

A verdade é que agimos conforme o conhecimento limitado que temos nessa altura e não temos a capacidade de adivinhar o efeito que as nossas ações podem ter no futuro.

Portanto, aqui o desafio será aprender com a experiência sem nos culpabilizarmos pelos erros passados.

A melhor maneira de o fazer é aceitar que não poderíamos adivinhar o futuro ou prevenir as coisas más de acontecerem, e decidir o que podemos fazer de diferente na próxima vez que uma situação similar acontecer.

6- Pensa fora da caixa

Às vezes, para conseguirmos solucionar os nossos problemas é necessário pensarmos fora da caixa, ou seja, pensar nas soluções sem preconceitos ou julgamentos.

Um fenómeno interessante que tenho vindo a observar é que cada vez mais é possível ganhar dinheiro (ou pelo menos notoriedade) com os nosso talentos através da internet.

Por exemplo, para publicar um livro, já não é necessário uma editora, podemos nós próprios fazer o nosso e-book. Também já não é necessário um discografia para gravar e vender cds, podemos fazê-lo nós próprios através do youtube ou do i-tunes. Até se quisermos viajar e trabalhar ao mesmo tempo podemos fazê-lo graças à internet.

Os problemas têm sempre solução, mas para solucionar alguns dos nossos problemas é preciso puxar um pouco pela imaginação.

Durante toda a nossa vida seremos presenteados com desafios, problemas e dificuldades com as quais teremos de aprender a lidar se quisermos ser felizes.

A nossa tarefa será a de não baixar os braços, manter a cabeça erguida e procurar sempre por soluções para resolvermos os problemas.

Lembra-te de que: todos nós erramos; não és a única pessoa a enfrentar problemas (todos nós temos as nossas batalhas); culpar-te não irá resolver nada; e quando o problema não tiver solução a melhor estratégia será aceitar que as coisas são como são e aprender com a experiência.

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